domingo, 26 de setembro de 2010

Lobo guará, cachorro e poodle em instantes pra você


É madrugada e tremo todo.


São três da manhã e estou sem sono. Para distrair-me, resolvo descer e dar um rolê pelos arredores do meu prédio. Quem sabe o sono aparece depois, né? Já estou a um tempo lá embaixo, envolto em infinitos contos, personagens, idéias...ah! como eu tava completamente envolto em pensamentos, away! Sozinho na madrugada vendo os diversos carros passarem.


Cena: Sentado ao banco atrás da comercial, avista-se um cachorro imenso. Em certos momentos da quase fuga cheguei a pensar num lobo guará, pois o bicho tinha patas e pernas pretas, era alaranjado, mas no escuro, envolto de árvores e sombras de postes, parecia ter uma cabeça arredondada. O que não fazia nenhum sentido. Nenhum!


Continuo avistando o bicho correndo em direção à área que eu estava. O cachorro, ou quase lobo era realmente grande. Ainda envolto em pensamentos me lembrei dos cachorros do Ary e Pedro. Conheço só de lenda, nunca os vi pessoalmente. Então saio correndo, literalmente. Com as mãos ainda ocupadas fui para debaixo do prédio e quando olho de novo, o bicho imenso está farejando tudo o que vê pela frente e logo atrás dele vem um homem correndo também. Um ser meio baixo, barrigudo. Entro dentro da portaria. Estava desesperado por ver aquilo, pois não faz sentido algum. Fico bisbilhotando pelos vidros, tentando ver o que acontecia por ali, tentar ver que aquilo era real talvez.


Opa, caceta! Olha o cara passando ali, é ele que eu vi correndo atrás do tal bicho, tive certeza! Tentei sair da portaria e ver quem era aquele cara, quê que era aquilo. Quando passo para onde estava inicialmente, vejo um rapaz jovem, forte, camisa social azul, boa classe social, ou pelo menos roupa disso, passeando com um poodle, muleque! Um poodle, porra! Branquinho, fofinho e com cara de quem não oferecia mal a ninguém. Não agüentei aquela confusão de mente na minha cabeça. Não agüento mais ficar na rua. Chega. Subo as escadas, entro em casa seguro e bem mias tranqüilo, sem os antigos tremores da recém fuga. Será que já perdi o Family Guy?


“Aaaah! Uuuuuuh! Yeeeeah! Que vontade de dar o cú!” Passam várias vozes de bêbados gritando assim que entro no meu quarto e abro a janela. Puta noite esquisita! Olha uma cigarra!



04h14 – 26/09/2010

2 comentários:

  1. Parece as aventuras do Harry Potter no mundo dos trouxas... "Dinho Potter com lobos, poodles, bêbados e cigarras!"
    (Cigarra é bom porque significa chuva! Pelo menos isso...)

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  2. madrugadas sempre escondem histórias.
    a diferença é de quem sai pra procurá-las (ou simplesmente, inventá-las)


    issaedinho!

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