segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Os 5 Elementos Básicos

Havia um caminho no meio do bueiro.

Uma trilha?

Sim, alguma passagem

.

Onde

Ordenadamente passavam

Quando

Nada as interrompia

.

Quem

Se pusesse por ali

Acabaria com o renque.

.

Podia ser galho ou vareta,

Sujeira qualquer

De folha caída da arvore,

Pedaço de asfalto ou

.

O que

Quer que seja. Mas

No meio daquele caminho havia um bueiro,

.

Porque afinal

Nada melhor do que

Uma grelha

Para as compassivas formigas andarem

.

Numa simples fila.

.

06/12/2010 – 01h40

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Mando lembranças àquela maravilha

Pow! Pow! Pow!

Guerra civil!
Guerra civil!
.
Que pena que estás assim

Minha, na verdade nossa cidade tão maravilhosa.
.
Que pena, meu Rio de Janeiro.
Será que fevereiro e março
Chegam para ti?

.

25/11/2010 – 15h07

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Mas que mulher mais escrota, viu!

Velho escroto na farmácia do posto de saúde: Você pega o medicamento ali na sala ao lado.

Paciente: Por favor, preciso dessa benzetacil. Me mandaram aqui.

Enfermeira gente fina: Eu me lembro de você. Vamos lá. Mas você precisa pgar o medicamento na farmácia.

Paciente volta à farmácia ao lado e quem está a postos é uma mulher, não mais o velho.

Paciente: Oi, pediram pra eu pegar essa benzetacil aqui.

Mulher loira da farmácia: Não dá não! Eu me lembro de você. Você precisa de um novo receituário para medicamentos controlados.

Após muita discussão, muito vai-e-vem, e a mulher loira não dar palavra nunca ao paciente, eis que ele enfia a mão bruscamente pela janelinha da farmácia e faz um jóinha bem em frente à cara da mulher grosseira da farmácia.

Mulher grosseira dá outro jóinha e ainda dá língua ao paciente.

O paciente gentilmente segura com as duas mãos em seus órgãos genitais e o sacode para ela.

Mulher loira grosseira: Faça isso de novo que eu vou chamar a segurança pra te levar!

Paciente: Chame logo, aproveita por que já estou indo embora! Valeu!

Paciente sai tranquilamente do local.

Quando menos se espera, nada acontece!

Falta de boa vontade de um funcionário público, ou desrespeito do paciente? Talvez um pouco de cada dose.

17/11/2010 - 12h41

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Tem que dar 17,5%

Juíza da Barra manda

Pagar pensão

Para filho de ração de rotweiller.

Vara de família pede pagamento de 17,5%

De salário

Do goleiro

Que nem salário tem mais.

Deixou de ser rubro-negro,

Agora ta rubro,

Com o futuro negro.

29/10/2010 – 11h32

Salta, salta, salta

Qué com aventura

Ou sem aventura?

Pergunta o motorista.

Vamos lá! Queremos com aventura!

.

Afinal que imensidão de praias e dunas

Tradicionalmente

Nordestinas

E brasileiras.

.

Salta a menina com duas décadas terrestres,

Em Maracaípe,

Salta a portuguesa que veio descobrir esse Brasil,

Daí menos um pescoço inteiro,

Menos uma vida terrestre.

.

Mas com aventura é bem mais divertido,

Quando seu pescoço continua inteiro. Credo!

.

29/10/2010 – 10h42

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A Sinistra Ameaça dos Narcóticos



“Aprendam a conhecer os drogados.


A sua vida pode depender disso.


Não verão seus olhos por


causa dos óculos escuros,


mas os nós dos seus dedos são


brancos devido à tensão interior.


E nas calças terão sêmen


seco, resultado da masturbação,


quando não conseguem


encontrar ninguém para transar.


Eles cambaleiam e balbuciam


quando interrogados.


Não respeitarão os seus distintivos.


Os drogados não temem nada.


Atacam, sem qualquer motivo,


com todas as armas que tem,


incluindo a sua.


Um policial que intercepte um suspeito


de ser viciado em maconha,


deve empregar imediatamente


toda a força necessária.


Dê um jeito nele...


antes que ele dê em vocês.”



Céus... Merda, merda, merda!



Trecho retirado do filme Fear & Loathing In Las Vegas (1998)

domingo, 26 de setembro de 2010

Lobo guará, cachorro e poodle em instantes pra você


É madrugada e tremo todo.


São três da manhã e estou sem sono. Para distrair-me, resolvo descer e dar um rolê pelos arredores do meu prédio. Quem sabe o sono aparece depois, né? Já estou a um tempo lá embaixo, envolto em infinitos contos, personagens, idéias...ah! como eu tava completamente envolto em pensamentos, away! Sozinho na madrugada vendo os diversos carros passarem.


Cena: Sentado ao banco atrás da comercial, avista-se um cachorro imenso. Em certos momentos da quase fuga cheguei a pensar num lobo guará, pois o bicho tinha patas e pernas pretas, era alaranjado, mas no escuro, envolto de árvores e sombras de postes, parecia ter uma cabeça arredondada. O que não fazia nenhum sentido. Nenhum!


Continuo avistando o bicho correndo em direção à área que eu estava. O cachorro, ou quase lobo era realmente grande. Ainda envolto em pensamentos me lembrei dos cachorros do Ary e Pedro. Conheço só de lenda, nunca os vi pessoalmente. Então saio correndo, literalmente. Com as mãos ainda ocupadas fui para debaixo do prédio e quando olho de novo, o bicho imenso está farejando tudo o que vê pela frente e logo atrás dele vem um homem correndo também. Um ser meio baixo, barrigudo. Entro dentro da portaria. Estava desesperado por ver aquilo, pois não faz sentido algum. Fico bisbilhotando pelos vidros, tentando ver o que acontecia por ali, tentar ver que aquilo era real talvez.


Opa, caceta! Olha o cara passando ali, é ele que eu vi correndo atrás do tal bicho, tive certeza! Tentei sair da portaria e ver quem era aquele cara, quê que era aquilo. Quando passo para onde estava inicialmente, vejo um rapaz jovem, forte, camisa social azul, boa classe social, ou pelo menos roupa disso, passeando com um poodle, muleque! Um poodle, porra! Branquinho, fofinho e com cara de quem não oferecia mal a ninguém. Não agüentei aquela confusão de mente na minha cabeça. Não agüento mais ficar na rua. Chega. Subo as escadas, entro em casa seguro e bem mias tranqüilo, sem os antigos tremores da recém fuga. Será que já perdi o Family Guy?


“Aaaah! Uuuuuuh! Yeeeeah! Que vontade de dar o cú!” Passam várias vozes de bêbados gritando assim que entro no meu quarto e abro a janela. Puta noite esquisita! Olha uma cigarra!



04h14 – 26/09/2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vinte2

Pensamos...

Somos pensantes,

Somos pensadores.

Soltamos nossas ideias como o calango,

Voamos nas nossas ideias

Como o calango voa por aí

.

Soltamos nossas

Ideias como o

Calango voador solta

Seu rabo.

.

16/09/2010 – Hora do almoço

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Precisa sempre melhorar uma coisinha...

Nada do que eu faço é bom, né?

Sempre precisa melhorar aqui, mudar ali.

Chegar mostrando uma idéia da qual você está inteirado,

Da qual é o seu eu,

Da qual você toparia levar a sua vida

E só ouvir propostas de melhorias

Mas nenhum elogio m sai

É foda!

É foda ter que estar aqui,

Chorando,

Querendo sumir,

Querendo mandar seu mentor tomar no cú!

Querendo largar tudo e viver o sonho de arte.

Querendo viver a arte

E não essa idiotice humana.

Quero ser bicho,

Quero ser mito,

Quero ser música e arte.

Não quero ser humano;

Não quero pensar,

Quase nem quero viver.

Só desejo a vida

Se ela tiver espaço para meus sonhos

E aplausos do respeitável público.

Caso contrário, retiro-me.

13/09/2010 - 17:10

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

"Virada de página"

Após quatrocentos e quarenta mil cérebros,

A mais urgente restauração.

Após os feridos, trinta mil,

A contagem.

.

Dito: “Nessa noite, declaro que a missão de combate dos EUA no Iraque acabou”

Desde a invasão há seven years ago

Daquela mesa,

Daquele boquete pago no oval

.

Saiu o anúncio,

Saíram os soldados,

Saiu Saddam do mundo,

Saiu Bush do tal oval.

.

01/09/2010 – 10h25

Aí complica, Sarkozy

Iraniano é assim mesmo, sabe...

Chamam Estados Unidos de merda,

Gay de viado,

E até primeira dama de puta!

.

Iraniano é assim mesmo,

Até quando o governo não apóia,

Kahyan tem que causar

E chama Bruni de prostituta.

.

01/09/2010 - 10h30

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Trecho - Medo e Delírio em Las Vegas - Hunter S. Thompson

“Meia noite de sábado... As lembranças dessa noite são extremamente confusas. Tudo o que tenho para me orientar é um bolso cheio de cartões e guardanapos cobertos de anotações. Uma delas: ‘Falar com o cara da Ford, exigir uma Bronco para fins de observação da corrida... fotos?... Lacerda/telefonar... e por que não um helicóptero?... Pegar o telefone, pressionar os filhos da puta...gritariam insana’.

Outra: ‘Placa na Paradise Boulevard – “Sem Para & Sem Sutiã”...comparado com Los Angeles, sexo de segunda linha; aqui, branquelos – em Los Angeles, gente pelada trepando em público... Las Vegas é uma sociedade de masturbadores armados/aqui o que excita é o jogo/o sexo só um bônus/uma demência adicional para os grandes apostadores... putas de luxo para os ganhadores, punhetinhas para o pessoal sem sorte’”

Trecho retirado do sexto parágrafo da primeira parte do livro “Medo e Delírio em Las Vegas” de Hunter S. Thompson.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

"Corrupção faz parte do brasileiro, como café, Pelé, bunda..." (Deputado Honesto, por Marcelo Adnet)

Sorriso de político vira lixo

Em época que precede eleição o que mais se vê são “santinhos”, banners por todo o Eixão e interrupções nas programações de rádio e TV para esses políticos derrotados falarem.

Alguém aqui gosta de poluição? Alguém aqui defende o desperdício? Político é tudo contraditório. Será mesmo que eles não têm a mínima noção de que o dinheiro gasto com “santinhos” vai virar lixo? Você gosta de chegar ao seu carro e perceber a cara da Mariazinha dos Taxistas grudada no seu vidro? E o que dizer daquele sorriso sincero, ou não, da honesta Rebeca Gusmão ao lado de Agnelo? Quais manipulações fizeram com a coitada da Dilma? Virou um robô, coitada! Virou craque em discursos que não dizem nada. Esqueci-me da palavra que denomina isso.

Alguém realmente guarda “santinhos” de político? Eu faço questão de pegar e jogar no chão e não no lixo. Olha o que eles fazem, pô! Árvores abaixo, tintas, energia elétrica, tudo isso é usado pra depois ser fixado ao vidro de algum carro e que eu tenho certeza que ninguém irá guardar. Poluição da porra que esses caras causam. É poluição sonora, por conta dos comícios, carros de som e horário eleitoral gratuito. Que já é um absurdo. Tem visual também com o Eixão completamente transformado num mural. Do solo com as merdas desses “santinhos” jogados nas ruas.

Político é uma racinha tão miserável que pode ser comparada com um texto ruim como esse. Sei nem se vou conseguir votar, tamanha indignação com a postura desses animadores de palhaços.

Dinho

24/08/2010 - 11h13

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O Velho de roxo

Retorno aqui indignado com o fato desse blog de merda ter apagado um dos textos que eu mais gostei de escrever, mas que devido ao que aconteceu, não sei se ficará a mesma coisa!

Tentando retomar o assunto:

Na semana “Fora do Tempo”, que cerca o dia 25 de julho, fui à Chapada, Alto Paraíso, Vila de São Jorge. Pois bem, um lugar maravilhoso, cercado de natureza, ao ponto da cidade não ter nem asfalto nas ruas e banhada de inúmeras cachoeiras belíssimas.

Visitei a região durante um festival de cultura regional e também de cultura indígena. O que me deixou extasiado por aqueles grupos constituídos basicamente de viola, pandeiro, sanfona, às vezes um tambor e velhas cantoras desafinadas. O festival foi tão fantástico que cheguei ao ponto de, numa rua escura, de terra batida, eu e Vinicius avistarmos a silhueta de um velho negro vestido num terno roxo, pasmem, ROXO, camisa de botão bem vermelha, chapéu roxo também, colocado de lado na cabeça e até uma bengalinha charmosa. Toda essa vestimenta devia estar encaixotada a milhares de anos e usada somente em ocasiões especiais ao ponto de sacanear com a cabeça de dois garotos ripongando (sic). Cruzamos com o tal velho, que posteriormente iríamos encontrar em uma roda de música, que parecia ser algo como coco ou xaxado, dançando, cantando, sorrindo, quase pulando! A partir daquele momento aquele velho negro formou outra imagem da sua pessoa.

Retomando ao assunto que iria iniciar no parágrafo passado e que acabei desvirtuando para o tal velho. Iria falar sobre quando assistia a apresentação de um grupo e comecei a analisar sua música. Aquela música constituída novamente de uma viola, pandeiro marcando, sanfona e as tais cantoras berrantes desafinadas. Essa gente mora em meio à natureza, cresceu olhando a natureza, entendendo respeitando essa natureza. Pois bem, como as coisas na natureza acontecem? Em passos lentos. Uma reação pra acontecer dentro de uma folha demanda tempo. O vento regelado que começa a soprar, transformar-se-á, com o tempo, em chuvas. Essa mesma chuva irá fazer a flor do cerrado desabrochar. Tudo na natureza acontece em passos lentos. Você reconhece essas transformações, mesmo elas acontecendo bem lentamente, no seu tempo.

Será que a música dessa gente que mora na natureza sofre impacto da mesma? A natureza interfere na música dessa gente?

Ouvindo uma das músicas do grupo, percebi que se constituía basicamente da viola tocando uma só frase, o pandeiro marcando a mesma batida circular, a sanfona sempre na mesma onda e as cantoras berrando desafinadamente a mesma frase também. Depois de vários minutos repetindo isso, eles começam, falando na linguagem musical, a passar a música para forte, até atingirem o fortíssimo. Depois vão diminuindo até atingirem piano e depois pianíssimo. Essa intensidade foi feita com tanta cautela e delicadeza que você leva um tempo pra perceber. Seu cérebro é dominado por aquilo e só quando passa de fortíssimo para só depois voltar ao piano é que a pessoa se toca da mudança que aconteceu. Na natureza é a mesma coisa. Não percebemos o processo de transformação, mas sim a transformação.

O mesmo impacto que vejo nas coisas da natureza eu vi acontecer naquela música. Será que o ambiente em que uma música é feita interfere tanto assim na forma como ela é feita?

Valeu, blog de merda! Deletou meu texto gigantesco!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Paz, Amor & Rock N' Roll

A falta do que fazer é impressionante! As pessoas se ocupam ociosamente para buscar algum conhecimento, mesmo que fútil.

Na tentativa de produzirmos caçamos Elton John, sem necessariamente afiliar-se à sua sexualidade, Led Zeppelin, necessariamente sendo afetado pelo bumbo de John Bonham. A psicodelia dos The Who te abate mesmo em condições completamente sóbrias, matinais, ressaquentas e toda e qualquer situação. Ir nessa busca de se igualar a um ídolo, ainda mais lendário como tantos são, pode ser uma tentativa de ser humano, ou querer ser Deus como eles foram.

Assistindo “Almoust Famous”, lembrei-me do espírito libertário dos hippies setentistas ao largar suas casas durante discussões sobre não poder ouvir rock n’ roll, fumar, namorar... Já cheguei a escrever sobre isso e volto a me perguntar o porquê de um jovem com tanta liberdade, deixar de lutar por ideais.

O que faço hoje é exatamente o que mais me amedrontou durante a vida. Perder o brilho do Sol para ficar dentro de um cubículo em frente a uma maquina fazendo merda alguma. Por que não sair às ruas, não ter rotina e ser sempre novo? Hoje o contentamento é pouco. As vontades são simples.

Lembra de 1969? Você se lembra? Eu me lembro! Mesmo tendo 20 medíocres e amados anos de vida. Jovens saíram de casa para ir a um tal festival simples, com umas bandas legais. Resultado de quinhentas mil pessoas largando seus carros pelas estradas, pois os engarrafamentos atingiam quilômetros. Esse ano tem um outro tal festival querendo resgatar esse espírito de Paz, Amor e Rock N’ Roll. Mas essas tentativas são sempre frustradas. Nunca será como foi! Espero que dê certo, de verdade!

Nossas vidas poderiam ser como Free Bird, quando Lynyrd Skynyrd começa manso e quando menos se espera, solos alucinados de guitarra vão te conduzindo fervorosamente! É sempre bom quando um dia se desenvolve assim, ao contrário dos inúmeros dias trancado nesse cubículo, sem ver o Sol. Mas ouvindo música de graça. Não da mesma forma como Lester Bangs conseguia, ganhando álbuns das gravadoras. Não desse jeito, ainda.