A falta do que fazer é impressionante! As pessoas se ocupam ociosamente para buscar algum conhecimento, mesmo que fútil.
Na tentativa de produzirmos caçamos Elton John, sem necessariamente afiliar-se à sua sexualidade, Led Zeppelin, necessariamente sendo afetado pelo bumbo de John Bonham. A psicodelia dos The Who te abate mesmo em condições completamente sóbrias, matinais, ressaquentas e toda e qualquer situação. Ir nessa busca de se igualar a um ídolo, ainda mais lendário como tantos são, pode ser uma tentativa de ser humano, ou querer ser Deus como eles foram.
Assistindo “Almoust Famous”, lembrei-me do espírito libertário dos hippies setentistas ao largar suas casas durante discussões sobre não poder ouvir rock n’ roll, fumar, namorar... Já cheguei a escrever sobre isso e volto a me perguntar o porquê de um jovem com tanta liberdade, deixar de lutar por ideais.
O que faço hoje é exatamente o que mais me amedrontou durante a vida. Perder o brilho do Sol para ficar dentro de um cubículo em frente a uma maquina fazendo merda alguma. Por que não sair às ruas, não ter rotina e ser sempre novo? Hoje o contentamento é pouco. As vontades são simples.
Lembra de 1969? Você se lembra? Eu me lembro! Mesmo tendo 20 medíocres e amados anos de vida. Jovens saíram de casa para ir a um tal festival simples, com umas bandas legais. Resultado de quinhentas mil pessoas largando seus carros pelas estradas, pois os engarrafamentos atingiam quilômetros. Esse ano tem um outro tal festival querendo resgatar esse espírito de Paz, Amor e Rock N’ Roll. Mas essas tentativas são sempre frustradas. Nunca será como foi! Espero que dê certo, de verdade!
Nossas vidas poderiam ser como Free Bird, quando Lynyrd Skynyrd começa manso e quando menos se espera, solos alucinados de guitarra vão te conduzindo fervorosamente! É sempre bom quando um dia se desenvolve assim, ao contrário dos inúmeros dias trancado nesse cubículo, sem ver o Sol. Mas ouvindo música de graça. Não da mesma forma como Lester Bangs conseguia, ganhando álbuns das gravadoras. Não desse jeito, ainda.
deveras gostei, dinho. sério!
ResponderExcluirEu tinha um bom professor de História que dizia que o grande problema do homem é o que fazer com a sua liberdade...
ResponderExcluirAcho que é isso mesmo.
Belo texto =)
Drica